A palavra ébano vem do latim, que significa, NEGRO como a noite. E por isso o nome do blog Herança Ébano que mostra o que os negros trouxeram para o Brasil.
Herança Cultural
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Mensagem
“A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram, o tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura”.
(Gabriel, o Pensador, Lavagem Cerebral)
A classe média negra
A percepção de mudança que o doutor Adão tem sobre a realidade do negro no país é amparada por dados significativos. Um trabalho recente divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, órgão do Ministério do Planejamento, mostra que a classe média negra das capitais brasileiras teve um crescimento relativo de 10% nos últimos sete anos. Crescimento relativo quer dizer que a classe média negra tem uma fatia 10% maior do que a que tinha na classe média em 1992. "É um contingente expressivo de pessoas que entram no mercado consumidor e de trabalho", destaca o economista Marcelo Neri, um dos autores do estudo. Estima-se que essa classe média negra movimente por ano quase 50 bilhões de reais – e está crescendo. O resultado é que se tornou cena freqüente encontrar uma moça negra na sala vip do aeroporto ou um senhor negro esperando mesa em restaurante cinco estrelas. Até muito pouco tempo atrás, esse era um privilégio reservado a negros artistas ou atletas. Segundo um levantamento recente preparado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, de cada grupo de dez negros, quatro estão parados na pirâmide social. Dos seis que estão se mexendo, cinco estão subindo.
O problema racial no Brasil está longe de ser resolvido. Estima-se que os negros ocupem apenas 1% dos postos estratégicos do mercado de trabalho, quando representam quase metade da população. Outro estudo do Ipea mostra que, entre dois profissionais igualmente preparados, o branco tem 30% mais chance de conseguir uma ocupação do que o negro. Há duas razões para a diferença porcentual, aponta o estudo: o preconceito e o histórico familiar. O branco candidato ao emprego em geral vem de uma família estabilizada socialmente e o negro deu o grande salto. Para quem já está no mercado, a situação não é diferente. Na hora de receber o contracheque, negros e brancos estão em descompasso. De acordo com dados da Fundação Seade, de São Paulo, o salário médio de um branco na capital paulista é de 760 reais. Na mesma função, um negro ganha menos da metade: cerca de 350 reais. "O negro tem de ser dez vezes melhor do que o branco para ter acesso a uma educação que permita a ele competir e ultrapassar quem sempre esteve em vantagem", diz o cientista político Sérgio Abranches.
Quem foi Zumbi e realizações
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.
Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.
O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.
No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.
Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.
O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.
Sistema de Cotas
Muitas universidades já adotaram o sistema de cotas, sendo a Universidade de Brasília a primeira, em junho de 2004. Essa medida para muitos é uma forma de discriminação para com os estudantes negros, carentes, indígenas, brancos e pardos, pois segundo o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira; “Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade”. A discussão acerca desse tema vai durar um bom tempo, até que se estabeleça a concordância de todos.
Curiosidades Afro-Brasileiras
Em meio ao século XIX na cidade do Rio de Janeiro, existiram determinados locais entitulados de Zungú ou Angu. Istó é, propriedades que eram frequentadas por negros para fazerem suas refeições diarias, batuques, camdomblés, vuduns e também práticas de capoeiragem. A origem dos Zungú se deu a beira de regiões portuárias onde eram montadas barracas para as mulheres negras poderem comercializar seus quitutes dentre esses o angu. Porém os proprietários dessas localidades, na capital do império brasileiro eram negros libertos que tinham grandes habilidades comerciais. De acordo com Carlos Eugênio Libano Soares "o Zungú ou Angu eram entendidos pela alta sociedade do século XIX; como casa dividida em pequenos compartimentos que se alugam mediante paga, não só para dormida da gente de mais baixa ralé como para a prática de imoralidades, e serve de coito a vagabundos, capoeiras, desordeiros e ébrios de ambos os sexos". Ainda segundo Libano "Anguzada nome que dão a qualquer fenômeno moral em que se observa a maior confusão. Uma sociedade que se reúne com determinado fim e se compõe de menbros de opiniões opostas, sem se poderem entender". Sendo proibidos por leis imperiais, as casas de Zungú ou Angu eram fortemente reprimidas por oficiais de justiças e denunciadas por vizinhos racistas brancos. Como se pode perceber esses Zungús, nada mais eram do que uma tentativa de resgate da identidade negra, sucumbida perante as autoridades imperiais do século XIX, ou seja, pessoas tiradas de sua pátria sofrendo diariamente doloroas doses de nostalgias; ao menos nem podiam se reunirem com seus irmãos para celebrarem suas próprias tradições. Os Zungús do século XIX foram duramente criminalizados pelas autoridades imperiais. Não é exagero dizer que os Zungús do século XXI, continuam a ser tratados de maneiras ainda piores.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
História do Dia Nacional da Consciência Negra
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A luta anti-racista
A luta anti-racista experimentou um crescimento sem precedente, tanto em função do fortalecimento das organizações autônomas, quanto pela multiplicação de entidades em todo o país, ou pelas novas formas de articulação e de expressão da militância em vários espaços, como por exemplo: locais de trabalho, organizações rurais, sindicatos, movimentos populares, partidos políticos, universidades, parlamento, mulheres negras, órgãos governamentais, entidades religiosas. Nestes âmbitos, devemos ressaltar principalmente as lutas das pastorais do negro da Igreja católica, que começaram com dom Paulo Evaristo Arns, dom Hélder Câmara e dom José Maria Pires, os pioneiros mais sistematizado contra a discriminação dos negros no Brasil, e que depois tomaram corpo em quase todas as dioceses.
Herança africana
Os negros foram de fundamental importância para a formação da cultura e do povo brasileiro. Na língua brasileira existem diversas palavras provenientes da língua africana. Os negros africanos também trouxeram para o Brasil animais e plantas que aqui não havia, como, por exemplo, dendê, galinha d’angola, entre outros. Além disso, os negros também influenciaram na dança, na música, nos instrumentos, entre outros aspectos da cultura brasileira, como, por exemplo, a capoeira, berimbau, etc.
Assinar:
Postagens (Atom)